março 24, 2011

Não deveria ser "ROCK" in Rio?!!


"Não deveria ser ROCK in Rio?!!"


Essa é a pergunta que mais tem se ouvido falar nessa época de confirmações de um dos maiores festivais de música do mundo e que orgulhosamente, é brasileiro. Afinal o "Rock in Rio" não deveria ser um evento de Rock? Na verdade, NÃO.

Acho muito justo que tal festival, o único disponível no Brasil, até a chegada do SWU (por mais porco que tenha sido) seja democrático em relação aos estilos musicais e vou dizer porque:

Pra começar o Rock in Rio NUNCA foi um evento de 100% Rock, mesmo na sua primeira edição em 1985, no auge do rock, ouve também outros estilos. Pra se ter uma noção ouveram nomes como Ney MatogrossoGilberto GilElba Ramalho, dentre outros. Claro, havia também Queen, Iron Maiden, Scorpions, AC/DC, Whitesnake, Ozzy Osbourne e vários outros. Foi o maior público da história do evento.

Na segunda edição em 1991, foi ainda mais democrático com nomes como Guns N' Roses, Judas Priest, Megadeth, Faith no More e Sepultura para a cena Rock/Heavy Metal  e  New Kids On The Block (What?!), Run DMC, Roupa Nova, Price, Information Society (show incrível), George Michael e A-Ha para a cena pop.

Em 2001 a terceira edição seguiu a mesma linha e trouxe novamente o Iron Maiden (melhor show na minha opinião), Red Hot Chili Peppers, Queens Of The Stone Age, Foo Fighters e Guns N' Roses e ao mesmo tempo trouxe Britney Spears, 'N Sync, Daniela Mercury e até mesmo Sandy e Júnior (WTF?!).


As edições do festival realizadas em Lisboa e Madrid também foram bem diversas antes que alguém diga que isso só acontece no Brasil.

Além do fato histórico, há também a questão semântica que é o argumento usado por estas pessoas, se o evento sempre foi democrático não deveria se chamar >>Rock<< in Rio certo? Só se você concorda que bandas como Metallica, Iron Maiden, Slipknot, Sepultura e outras nunca participassem, afinal, estas são bandas de METAL, e, METAL e ROCK não são a mesma coisa, chamar tudo isto de rock é simplesmente um termo popular.

Temos muita sorte de ter um evento tão grandioso nascido em terras brasileiras, um país que é falsamente conceituado até mesmo pelos próprios brasileiros como o "país do samba" ou whatever. Temos um país bem democrático em termos de cultura apesar de toda visão que a mídia, tanto interior, quanto exterior, prega de que tudo é praia, sol, samba, mulher bonita e bandidagem. Nada mais justo que um festival nascido aqui seja igualmente democrático.

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